Teoria das Opções Reais
Teoria das Opções Reais
Segundo Dixit e Pindyck (1994), três importantes fatores afetam as decisões de investimento: o momento ótimo para a realização do investimento, a incerteza a respeito da lucratividade e o grau de irreversibilidade do projeto (ou seja, o quanto do investimento inicial pode ser recuperado). Ainda segundo os autores, os métodos tradicionais utilizados para análise de investimentos, como o
VPL e a TIR, não levam em consideração a interação entre irreversibilidade, incerteza e escolha do momento ótimo de um investimento.
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As decisões sobre investimentos vêm sendo tomadas em ambientes crescentemente incertos, principalmente devido às altas oscilações que o mercado vem apresentando em curtos intervalos de tempo. Portanto, torna-se papel essencial dos tomadores de decisões acompanhar a evolução do mercado através de conseqüentes mudanças nos planos de investimento anteriormente traçados. A expansão, a contração, o adiamento, o abandono, bem como a alteração do projeto são algumas das mudanças que podem ser realizadas ao longo do desenvolvimento do mesmo. São essas possíveis mudanças acerca de projetos reais que constituem as chamadas Opções de Flexibilidade Gerencial, ou, Opções
Reais.
Mas, faltam ferramentas aos métodos tradicionalmente utilizados na análise de investimento que ofereçam as condições para promover essas mudanças e retratar o redirecionamento do comportamento gerencial. Tais limitações tornam esses instrumentos inadequados para análises quantitativas, induzindo ao estabelecimento de taxas de desconto fundamentadas, na maioria das vezes, no julgamento subjetivo de quem faz a análise. Assim, surge uma forte tendência à valorização excessiva da aversão ao risco superdimensionado.
Justamente pela dificuldade em capturar a flexibilidade de adaptar e revisar decisões futuras em resposta ao desenvolvimento inesperado do mercado,
Trigeorgis (1996) critica as