Orçamento de capital
ORÇAMENTO DE CAPITAL
INTRODUÇÃO
De acordo com Pindyck (1988), a maior parte ou mesmo a totalidade dos gastos com investimentos em projetos reais é irreversível. Por isso é vital para a sobrevivência a longo prazo das empresas que elas utilizem seus recursos da melhor maneira possível, alocando-os aos projetos que maximizarão seu valor no futuro. A elaboração de uma lista de projetos a ser implantada por unidade de negócio ou divisão consiste no problema básico de orçamento de capital.
Diversas técnicas são utilizadas para selecionar o conjunto de melhores projetos, como Valor Presente Líquido (VPL), payback, retorno médio de investimento, taxa interna de retorno e índice de lucratividade. Os manuais de finanças corporativas, como, por exemplo, Brealey e Myers (2005) e Ross, Westerfield e Jaffe (2004), são unânimes em considerar a técnica de VPL superior às demais na seleção de projetos de investimento.
Para se estimar o VPL, projetam-se fluxos de caixa que são depois descontados a uma taxa de juros ajustada ao risco. Como as premissas que norteiam as projeções de fluxo de caixa são incertas, geralmente se utilizam outras análises para dimensionar o risco de divergência dessas premissas em relação ao valor esperado – por exemplo,
análise de ponto de equilíbrio, análise de sensibilidade, análise de cenários e simulações de Monte Carlo. Luehrman
(1997), o primeiro clássico discutido nesta edição, defende que o valor presente ajustado é a abordagem mais adequada para se estimar o VPL de um projeto. Reconhece, porém, que a metodologia tem limitações para avaliar flexibilidades gerenciais.
Os gestores muitas vezes alteram a estratégia inicial em função de mudanças no ambiente de negócios, aproveitando as flexibilidades gerenciais existentes. O método do VPL considera que a estratégia inicial será mantida, independentemente das alterações do ambiente de negócios. Por essa razão ele não é adequado para