Opções Reais em P&D
RESUMO
Elieber Mateus dos Santos
Edson de Oliveira Pamplona
O ambiente de competição no qual as empresas estão inseridas tem feito com que elas busquem rápida adaptação às mudanças, procurando investir em projetos que venham a criar opções, tornando-as, dessa forma, mais flexíveis. Nesse contexto, o uso estático das técnicas tradicionais de avaliação de investimentos, principalmente o Fluxo de Caixa Descontado, tem sofrido duras críticas, uma vez que essas não têm sido capazes de captar o valor da flexibilidade administrativa presente em muitos projetos. Tal fato tem levado praticantes de
Administração e acadêmicos à busca de métodos mais sofisticados de avaliação de investimentos que sejam capazes de lidar com a incerteza, a irreversibilidade e a aprendizagem. A habilidade da teoria de precificação de opções em quantificar a flexibilidade em investimentos em projetos estratégicos a torna uma opção atraente se comparada à análise feita pelo padronizado Fluxo de Caixa Descontado.
Um projeto de pesquisa e desenvolvimento pode ser considerado um caso típico para a aplicação da Teoria das Opções Reais, pois a decisão de investir nos resultados de uma pesquisa pode não ser exercida, e a possibilidade dessa decisão não é considerada nos métodos tradicionais. Do exposto, este trabalho vem demonstrar a Teoria das Opções Reais aplicada à análise de investimento em um projeto real de pesquisa e desenvolvimento, contribuindo, dessa forma, para a redução do gap entre a teoria e a prática. São usados dois métodos: o de
Kallberg e Laurin (1997); e o de Geske (1979), adaptado para opções reais por Kemna (1993) e apontado por Perlitz, Peske e Schrank
(1999) como uma importante ferramenta na avaliação de opções compostas. Os resultados são comparados com aqueles obtidos por meio do tradicional Fluxo de Caixa Descontado e da Árvore de Decisão. Por fim, embora a Teoria das