Teoria motivacional de HerzbergEntre as teorias diretamente relacionadas com a satisfação no trabalho, a teoria proposta por Herzberg (1966) foi possivelmente a que recebeu nestes últimos anos, nosEstados Unidos, maior atenção e a que gerou maior controvérsia e impacto no campo da psicologia industrial.Esta teoria abriu novos horizontes no estudos da satisfação em relação a função,o que, até então, era uma área problema, quer do ponto de vista pessoal dos empregadosque produzem os bens e serviços, quer do ponto de vista da organização de que fazem parte. Além disso, ela serviu para consolidar a distinção de fundamental importânciaentre os aspectos diretamente relacionados à função (fatores intrínsecos) e os aspectosrelacionados ao contexto (meio, ambiente) organizacional (fatores extrínsecos).A teoria dos dois fatores (ou bifatorial) em relação de trabalho, esta baseada nahierarquia das necessidades de Maslow (1954) ela procura justificar as discrepânciasencontradas nos resultados de pesquisas a respeito da satisfação no trabalho. SegundoHerzberg e seus colaboradores, os fatores relacionados à tarefa e nos fatoresrelacionados ao contexto organizacional estão associados à satisfação ou à insatisfação,respectivamente, em termos do nível de gratificação das várias necessidades conforme ahierarquia maslowiana.Os adeptos da teoria de Maslow admitem que as necessidades individuais nosníveis mais baixos da hierarquia organizacional então mais sujeitas aos fatoresrelacionados ao contexto organizacional, em quanto que nos níveis mais altos estãoassociadas diretamente ao trabalho. Nos grupos ocupacionais mais altos da hierarquiaorganizacional, as necessidades mais baixas já estão adequadamente satisfeitas,resultando então na emergência das necessidades mais elevadas como estima e auto-realização que estão associadas aos fatores intrínsecos. Nos níveis ocupacionais mais baixos da hierarquia organizacional, os indivíduossão motivados pelos níveis mais baixos de necessidades,