Pre projeto socioambiental nas comunidades do parque indígena do xingu
INTRODUÇÃO
O parque indígena do Xingu é localizado ao norte do estado do Mato Grosso, possuindo área de aproximadamente 2,8 milhões de hectares, com um perímetro de 920 km². O parque abrange dezessete etnias indígenas, com representação das quatro famílias linguísticas indígenas do Brasil (Macro Jê, Macro Tupi, Caribe e Aruaque), vivem na região cerca de 3.110 habitantes indígenas. (FUNAI, 2007). A demarcação atinge parte dos municípios de Canarana, Paranatinga, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, Gaúcha do Norte, Feliz Natal, Querência, União do Sul, Nova Ubiratã e Marcelândia.
A expansão da fronteira agrícola exerceu grande pressão de desmatamento sobre extensas áreas brasileiras. A indústria madeireira, migrante da região sul do país, está se expandindo e explorando o potencial das florestas presentes na região norte do Mato Grosso (Ackerly et al, 1989; Martini et al, 1998; SEPLAN/MT, 1999). Já as queimadas vêm se tornando cada vez mais freqüentes nas áreas florestais (Fearnside, 1990). A ampliação da malha viária e a possível expansão das hidrovias contribuem para acelerar os processos de degradação sobre esses ecossistemas (Salomão & Lisboa, 1988).
Atualmente, o povo indígena do Xingu tem sofrido uma série de problemas relacionados ao desmatamento, a degradação dos rios, formação de malhas viárias e surgimento de cidades ao longo da extensão rio Xingu, que é uma das principais fontes de subsistência dos indígenas do parque, e tem afetado diretamente os recursos hídricos e biológicos da região que formam a bacia do xingu, constituindo uma constante ameaça ao ecossistema e à segurança alimentar das comunidades indígenas do parque.
O projeto tem como objetivo preservar a biota local e as espécies dessa biota, que eventualmente servem de alimentos para os indígenas. Dividindo o projeto em duas sub-etapas: Fauna e Flora.
A sub-etapa “Flora” visa