Teoria Da Lideran A De FIEDLER
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
TEORIA DE CONTINGÊNCIA DE FIEDLER
Segundo alguns teóricos da matéria, a liderança é um “comportamento intra-grupal de seguimento de uma pessoa que orienta a acção do grupo de forma tacitamente consentida e afectivamente desejada.” (in PEREIRA, Orlando Gouveia, Fundamentos de Comportamento Organizacional, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1999, pp 301).
Existem diferentes teorias sobre este processo grupal, desde a noção de carisma apresentada por Weber, aos estilos de liderança preconizados por Kurt Lewin e às teorias de Hershey e Blanchard. Entre elas, encontra-se a teoria contigencial de Fiedler, sobre a qual este trabalho se debruça.
Fiedler desenvolveu a primeira teoria baseada na noção de contingência, nos anos 60.
Até aqui, considerava-se a universalidade do líder e a sua capacidade de liderar em toda e qualquer tarefa. Esta teoria vem acrescentar algo mais: não é suficiente avaliar apenas o perfil do líder, mas também a situação em que este se insere. Um bom líder numas situações poderá não ter resultados tão positivos se confrontado com outro tipo de situações. A performance dos grupos depende do ajustamento do líder às situações. Isto é, a forma como o líder se relaciona com cada membro do grupo, sempre condicionada pelo controlo e influência que a situação lhe permite ter, irá permitir alcançar resultados mais ou menos positivos.
Toda a teoria se baseia na aplicação de uma escala – a LPC – Least Preferred Coworker – a qual permite identificar se o indivíduo líder orienta a sua acção no grupo baseando-se mais nas tarefas (líder instrumental) ou mais nas relações humanas (líder expressivo).
Para além disso, a teoria de Fiedler apresenta três critérios situacionais: a) relações líder/membros, b) estrutura das tarefas e c) posições formais de poder – os quais poderão ser manipulados de modo a criar as condições adequadas ao perfil do líder.
Para avaliar cada caso, portanto, é necessário: