teoria da história
“Os conflitos intelectuais são também, sempre, de algum aspecto, conflitos de poder”.
Pierre Bordieu
1.Os Campos como microcosmos relativamente autônomos
Bordieu começa seu texto com uma pergunta: È possível fazer uma ciência da ciência, uma ciência social da produução da ciência, capaz de descrever e de orientar os usos sociais da ciência? Para responder essas questõess sao refutadass as analise da produção cultural somente referindo-se ao seu conteúdo textual e tampouco ao se referir ao contexto social. (p.19) A noção de campo é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituicões que produzem, reproduzem ou difundem a ciência, (p.19). Nesse contexto nao existe uma ciência pura totalmente livre de qualquer necessidade social e também não existe uma ciência totalmente dependente das demandas sociais. O campo cientifico é um mundo social e, como tal, faz imposições, solicitações etc., que são no entanto, relativamente independente das pressões do mundo social global que o envolve (p.21). O campo é um espaço relativamente autonomo, esse microcosmo dotado de suas leis próprias (p.20). A capacidade do campo de refratar as demandas externas é a indiacação da autonomia do campo. A politização de uma disciplina não é indício de uma grande autonomia (p.22). Todo campo, é um campo de lutas para conservar ou transformar esse campo de forças(p.23), e por isso as escolhas de temas e objetos de pesquisas são determinadas pela estrutura das relações objetivas, ou seja , os agentes do campo determinam o que pode ou não podem fazer.(p.23) Essa estrutura é determinada pela distribuição do capital científico ( capital simbólico) dos agentes ou instituições. O capital científico é uma espécie de capital simbólico, que consiste no reconhecimento pelo conjunto de pares-concorretes no interior do campo