Teoria açao antidialogica
Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas
Educação Cooperativa
A teoria da ação antidialógica (Paulo Freire)
Elenice Wacht Sansonowicz
Daniel Machado da Luz
Começaremos reafirmando que os homens são seres do quer fazer, diferentes, por isto mesmo, dos animais. Os homens, pelo contrário, como seres do quefazer “emergem” dele e, objetivando-o, podem conhecê-lo e transforma-lo com seu trabalho.
Mas, se os homens são seres do quefazer é exatamente porque seu fazer é ação e reflexão. É transformação do mundo. O quefazer tem de ter uma teoria e prática. É reflexão e ação. Se não é possível o diálogo com as massas populares antes da chegada ao poder, porque falta a elas experiência do diálogo, também não lhes é possível chegar ao poder, porque lhes falta igualmente experiência dele. Precisamente porque defendemos uma dinâmica permanente no processo revolucionário, entendemos que é nesta dinâmica, na práxis das massas com a liderança revolucionária, que elas e seus líderes mais representativos aprenderão tanto o diálogo quanto o poder. Isto nos parece tão óbvio quanto dizer que um homem não aprende a nadar numa biblioteca, mas na água.
O diálogo com as massas não é concessão, nem presente, nem muito menos uma tática a ser usada como slogan é, para dominar. O diálogo, como encontro dos homens para a “pronúncia” do mundo, é uma condição fundamental para a sua real humanização.
O primeiro caráter que nos parece pode ser surpreendido na ação antidialógica é a necessidade da conquista. , todo o ato de conquistar implica num sujeito que conquista e num objeto conquistado, onde o sujeito da conquista vai determinar as finalidades do objeto conquistado, na ação antidialógica, o ato conquistar é essencial para uma situação real, concreta, de opressão e a ação dialógica é indispensável para a superação revolucionária da situação concreta de opressão. Mas, como os homens estarão sempre se libertando, o diálogo se torna