Drogas na escola
Os homens são seres da práxis. São seres do que fazer, diferentes por isto mesmo, os animais são seres do puro fazer. O que fazer é teoria e prática, é reflexão e ação. Uma conhecida afirmação de Lênim “Sem teoria revolucionária não pode haver movimento revolucionário”, significa precisamente que não há revolução com verbalismos, nem tampouco com ativismos, mas com práxis. O esforço revolucionário de transformação radical destas estruturas não pode ter, na liderança, homens do que fazer e, nas massas oprimidas, homens reduzidos ao puro fazer. Esta dicotomia existe como condição necessária, na situação de dominação, em que a elite dominadora prescreve e os dominados seguem as prescrições. Para dominar, o dominador não tem outro caminho senão negar as massas populares à práxis verdadeira. Do mesmo modo, uma liderança revolucionaria, que não seja dialógica com as massas, e não é revolucionaria, ou esta equivocada e presa de uma sectarização, indiscutivelmente mórbida, também não é revolucionaria. Impõem –se, pelo contrario, a dilogicidade entre a liderança revolucionaria e as massas oprimidas. Estamos convencidos de que o dialogo com as massas populares é uma exigência radical de toda revolução. A verdadeira revolução, cedo ou tarde, tem de inaugurar o dialogo corajoso com as massas. Sua legitimidade está no dialogo com elas, não no engodo, na mentira. É preciso que fique bem claro que, por isto mesmo que estamos defendendo a práxis, a teoria do fazer, não estamos propondo nenhuma dicotomia de que resultasse que este fazer, se dividisse em uma etapa de reflexão e outra, distante de ação. Ação e reflexão se dão simultaneamente. Nega-la, no processo revolucionário, evitando, com o dialogo com o povo em nome da necessidade de organiza-lo, e no fundo, temer a liberdade. É negar o próprio povo ou não crer nele. Críticos seremos, verdadeiros, se vivemos a plenitude da práxis.
A elite dominadora pensa junta ás massas, pois