Tensão superficial
João Marques Joana Nunes 12 de Junho de 2009 Miguel Amador
Resumo
Este trabalho experimental tinha como analisar a tensão superficial de soluções com diferentes concentrações de um tensioactivo não iónico, o Triton® X-100 a pressão e temperatura constantes, através do método do anel, com recurso a um tensiómetro de du Nouy. Os resultados de tais medições permitiram encontrar uma relação entre a tensão superficial e a concentração de Triton® X-100. A partir da relação encontrada, calculou-se a concentração micelar crítica do tensioactivo, a constante de adsorção das moléculas de tensioactivo à superfície da solução, e a área molecular de soluto na superfície. Os resultados obtidos foram os seguintes:
≅ 7.0939 ± 0. 651578 × 10
= 1.9878 ± 6.53996 × 10
≅ 14620325.214 ± 13024667.844
1.
Introdução
1.1. Aspectos gerais sobre Tensão Superficial
A tensão superficial surge nos líquidos como resultado do desequilíbrio entre as forças que actuam sobre as moléculas da superfície em relação às que se encontram no interior da solução. Moléculas que se encontrem no seio do líquido interagem isotropicamente com as adjacentes, actuando sobre elas uma força resultante nula. No entanto, as moléculas que se encontram à superfície, ou seja, na interface líquido-gás, vão interagir muito menos com as moléculas do gás do que com as moléculas do líquido, o que resulta numa força total atractiva dirigida para o interior do líquido. Quando uma molécula se dirige da superfície para o interior do líquido, esta força atractiva irá realizar sobre a molécula um trabalho positivo. Assim, se considerarmos variações infinitesimais da posição da superfície, , e da área de superfície, , conseguimos relacionar o trabalho infinitesimal, e a força acima descrita, através de [1]:
1
=−
=−
(1)
onde representa o coeficiente de tensão superficial do líquido. Este coeficiente terá então unidades de