TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
A prática escolar tem atrás de si condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas etc.
A maioria dos profissionais da educação baseia sua prática docente em prescrições pedagógicas que viraram senso comum. Mesmo que durante sua formação estes educadores tenham contato com o estudo de práticas e correntes epistemológicas de ensino, devemos salientar que quase nunca estas correntes tem correspondência com as situações concretas de sala de aula. Sendo assim, o quadro de referência para ajudar uma prática pedagógica fica bastante comprometido.
Nota-se, também, um fato bastante contraditório: os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova, no entanto, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e a produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase nos meios (tecnicismo). Aí esta o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista, a realidade é tradicional.
Utilizando vários critérios as tendências pedagógicas foram classificadas por Libâneo (1990) entre correntes liberais e progressistas.
PEDAGOGIA LIBERAL
O termo liberal não tem sentido de avançado. Ele aparece como justificativa para a manutenção da ordem capitalista vigente. Esta pedagogia defende a predominância da liberdade e dos interesses individuais na sociedade, assim como, estabelece uma organização social baseada na propriedade privada.
A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar o indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos vários valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através de desenvolvimento da cultura individual. A