Tendencias Pedagógicas
As relações entre praticas educativas e os fenômenos psicológicos, ao contrário do que se imaginava, consta no Brasil desde o período colonial. Por meio dos estudos de Massami descobriu-se que nesse período houve presença constante do tema educação vinculado a preocupações com o fenômeno psicológico, a maioria dos autores que discorreram sobre essa temática eram jesuítas. Dentre os assuntos abordados, como aprendizagem; desenvolvimento psicológico da criança e sua relação com o ambiente e seus pais; uso de recompensas e castigos; educação feminina e educação indígena havia também a formação da personalidade infantil concebida como um processo mutável, cabendo a educação moldá-la, reconhecendo os fatores ambientais que determinam o comportamento. A aprendizagem era tratada sob influência do empirismo, sendo o conhecimento produto da experiência. O foco era a formação do caráter infantil e a necessidade de controlar suas necessidades por meio da educação. O período colonial produziu diversos conhecimentos originais, antecipando questões que só mais tarde seriam discutidas pela psicologia cientifica. Ilustrou a manutenção do domínio da metrópole sobre os colonos, visando moldar as crianças, além do interesse no processo de aculturação indígena. Já no século XIX o ensino superior foi uma importante fonte de ideias psicológicas. As faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia foram relevantes fontes dessas ideias e conhecimentos, onde os alunos deveriam no final do curso defender uma tese inaugural e muitas delas referiam-se a questões educacionais relacionadas à psicologia, criando modelos que deveriam ser seguidos nas escolas. Essas teses refletiam o pensamento medico da época, no qual as escolas e os processos educacionais deveriam ser atingidos pelos projetos de saneamento físico e moral. O ideal era normalizar as condutas e hábitos dos alunos por meio do controle dos comportamentos nocivo, esta ideia é um resultado do higienismo, que