Tempo e Fenomenologia

Tempo referenciado pela abordagem fenomenológica existencial é conceituado como kairológico, ou seja, afirma a retomada ao passado que possibilita a abertura para o presente com ênfase no futuro – o que pode ser – o significado anteriormente dado é importante para atualização presente, não dependendo, portanto de uma questão cronológica onde esse acontecimento poderia ser dado como encerrado e sem novas perspectivas. É um tempo que enfatiza a possibilidade, a impermanência, a finitude (a morte), a transição, que faz parte da existência em seus instantes e momentos, onde uma decisão deve ser tomada.
Em relação ao tempo cronológico tem–se a idéia de seqüências infindáveis, com a preservação do passado, presente e futuro já que seriam imutáveis, trataria de algo linear que vai sucedendo em uma ordem parece que já esperada, o tempo aqui é visto como separado e exterior ao homem onde se tenta garantir a permanência encontrando justificativas e valores para determiná-la.
Há várias formas de sustentar o tempo e uma delas é através da história que vai narrando o acontecimento de eventos e uma das maneiras tradicionais de se fazer isso é com o mito usado até mesmo pela Psicologia, onde a visão de homem é mais contida; esse tempo se torna praticamente um ritual em que os indivíduos se apóiam e essa forma de se pensar no tempo traz muitas implicações, que fazem repensar sua concepção.
Os mitos são etapas periódicas do mundo em que ele pode se degradar, mas depois se regenera, em uma forma de declarar que tudo que acaba volta ao seu inicio, comportam historias lendárias do mundo, através de períodos deste, em que mostra uma espécie de “salvação da humanidade”; tem sua função baseada no alivio da dor e do sofrimento, assim como a diminuição da angústia perante a morte. Os mitos atemporais servem de alicerce para superar a insegurança e acreditar na eternidade.
Com isso as crenças surgem fortemente na modernidade e pode-se perceber que os grupos sociais criam as suas