ESTUDO SOBRE O FILME: “O FEITIÇO DO TEMPO” – A RELACÃO COM O EXISTENCIALIMO E A FENOMENOLOGIA

DISCIPLINA: PSICANÁLISE

ANÁLISE DO FILME “MELHOR É IMPOSSÍVEL”

TERESINA
2014
LÍGIA KALINE ARAÚJO LOPES

ANÁLISE DO FILME “MELHOR É IMPOSSÍVEL”

Trabalho apresentado à disciplina de Teoria Psicanalítica referente à obtenção da quarta nota realizado no dia 06 de Dezembro.

TERESINA
2014
“Melhor é Impossível” narra os ritos que acompanham o cotidiano do neurótico obsessivo Melvin Udall. Dentre eles: a maneira e assiduidade com que lava as mãos em água quente ou usa luvas, usa um sabonete por vez, sendo da mesma marca e organiza precisamente no armário, a arrumação ordenada das roupas em cima da cama; possui uma exacerbação de organização, uma forma de controle. Abre e fecha a porta do seu apartamento cinco vezes. Não pisa nas linhas divisórias dos quadrados nas calçadas. Senta sempre na mesma mesa do restaurante e quer ser atendido pela mesma garçonete.
O discurso de um neurótico obsessivo se esconde, e parece preso no significado, pois o significante tem grande importância para essa estrutura. Suas palavras são expressas de maneira descritiva e detalhada, ou o oposto, perde as ligações com algo que tire suas dúvidas ou resolva alguma situação, limitando seu discurso que é inibido, recuado, e negado pelo próprio sujeito.
A Sua relação com o Outro consiste, segundo Lacan, em pedir permissão, colocando-se na mais extrema dependência para ter acesso ao desejo.

a relação com o desejo é de amortecimento, ao tentar aproximar-se dele (LACAN, 1957-1958). Daí decorre toda sorte de proibições e renúncias em nome do prometido, as quais se desdobram naquilo que Freud (1907) assinalou como uma religião particular.
No seminário A Angústia (1962-1963), Lacan fala da fantasia do Todo-Poderoso, esse Deus onipresente no qual o obsessivo
[...] procura e encontra o complemento do que lhe é necessário para se constituir como desejo, a saber, a fantasia ubiquista [...] sobre a qual saltita a multiplicidade de seus