telenovelas
TELENOVELAS, CULTURAS E MUDANÇAS SOCIAIS: DA POLISSEMIA, PRAZER E RESISTÊNCIA À COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA E AO DESENVOLVIMENTO SOCIAL (THOMAS TUFTE)
INTRODUÇÃO: TELENOVELAS E MUDANÇAS SOCIAIS.
Não há dúvida de que as telenovelas articulam tanto no campo emocional quanto em movimentos sociais. É cediço que se tornaram uma estratégia para tutelar direitos de grupos sociais específicos, fomento de comportamentos em particular para que haja transformação social (Singhal e Rogers, 2002). Na África e na Ásia, isso se torna mais patente quando se percebe a luta contra a disseminação do HIV/AIDS nas produções das telenovelas. Tufte menciona que a maioria das telenovelas produzidas no Brasil e na América Latina não é concebida dentro da estratégia em prol do social. O que nos leva a discordar de tal fato, já que as últimas produções telenovelísticas da Rede Globo, no horário nobre, foram voltadas para o social e suas mudanças como por exemplo Salve Jorge (tráfico humano, alienação parental e adoções ilegais), Lado a Lado (preconceito religioso) e Malhação ( os perigos dos anabolizantes e o bullyng). Pode-se observar que a interpretação dada às novelas mudou. Na década de 70, elas eram vistas por acadêmicos, como um elemento de forças hegemônicas que impõe uma linha ideológica particular sobre as audiências. Hodiernamente, é vista como uma nuance de perspectivas. A experiência internacional em usar as telenovelas com propósitos desenvolvimentistas e humanitário cresceu muito nos últimos 20 anos (Teoria da Comunicação, 2002). Ela se tornou conhecida como entretenimento-educação.
1. TELENOVELAS, MODERNIDADE E DESENVOLVIMENTO NA AMÉRICA LATINA
Nesse título, o autor versa sobre o dinamismo no processo de identificação e articulação do prazer. Ademais, aduz sobre a diversidade e a polissemia da recepção midiática.