TELENOVELA NO BRASIL
Conforme dados nos cadernos CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), em que veiculam resultados relevantes de pesquisas em andamento nesse período, obtemos os dados em números de tiragem e respectivas vendas, das três revistas mais vendidas no país no ano de 1975, segundo o IVC (Instituto de Verificação de Circulação) e transcritos por Camargo e Berezovsky (1878, p. 49):
2º trimestre de 1975
Capricho (média quinzenal) 248.643
Grande Hotel (média Mensal) 69.872
Sétimo Céu (média Mensal) 107.607
3º trimestre de 1975
Capricho (média quinzenal) 275.500
Grande Hotel (média Mensal) 65.113
Sétimo Céu (média Mensal) 161.520
A revista “Capricho” a mais vendida, só perdia para as revistas de quadrinhos infantis “Pato Donald”, “Mickey” e “Tio Patinhas” (cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares).
A circulação dessas edições era de âmbito nacional, conforme indicadas nas próprias revistas, a distribuição abrangia locais como: Manaus, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão entre outras. A maioria tinha como pólo de redação e administração a cidade do Rio de Janeiro, como é caso da revista “Grande Hotel”. Deve ser observado o fato que essas publicações não atingiam somente as grandes cidades, mas também pequenas localidades do interior, afastadas dos grandes centros metropolitanos.
Em 1980, ainda circulavam exemplares de fotonovelas, mas com a ascensão da televisão e outras manifestações de massa, cada vez mais diversificadas, começa o declínio dessas revistas, deixando de ser o centro das atenções do público leitor. Embora a revista “TV sucesso” da editora Bloch, tenha criado a “fatonovela”, baseada em fatos reais, revistas como a “Cartaz” da Editora Rio Gráfica, “Amiga”, da Bloch, e “Intervalo” da Abril, passaram a tratar de sua sucessora, a