Telenovelas: entretenimento, discussão social e educação.

Por Luciene Costa - Discente de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do RU (UNIRIO).
Trabalho apresentado como pré requisito da disciplina de Comunicação.

Telenovelas: entretenimento, discussão social e educação.

Entretenimento: “distração; divertimento; coisa que entretém; passatempo (LUFT, 2005, p. 327). A primeira vista, essa definição, deixa claro que entretenimento nada tem a ver com questões sociais, quando se pensa em apenas passar o tempo. Entretanto, a televisão brasileira tem utilizado um espaço inicialmente destinado ao entretenimento para lançar luz sobre questões sociais como: preconceito, gravidez na adolescência, corrupção, maus tratos de crianças e idosos, entre outros temas. Do mesmo modo, outros espaços da mídia, tais como os jornais e programas em diversos formatos, que poderiam desenvolver esses debates, tem destinado um espaço mínimo para o debate de questões do cotidiano da população. Assim, este texto pretende abordar as funções sociais da mídia, focando no debate social e no seu papel educativo, através das telenovelas que são produtos da TV essencialmente criados para o entretenimento. Assim como acontece com o sistema radiofônico (CALABRE, 2003, p. 177), a televisão brasileira tem sido guiada pela lógica do mercado, buscando cada dia mais o aumento do lucro e ainda é latente a luta, entre emissoras concorrentes, pelo aumento da audiência. Caracterizando assim, uma lógica estritamente comercial e dando menor relevância ao seu papel social. Independente desta verdade, a telenovela tem veiculado temas sociais que tem despertado o interesse da sociedade. Inicialmente o grande sucesso da indústria cultural brasileira foi a radio novela, sendo a primeira transmitida em 1941 (MAFRA, 2012), seguida das fotonovelas, a primeira editada pela Vecchi em 1947 (MIRA, 2003, p.34) e depois foi a vez telenovela nos anos 70, advinda da “modernização que provocou mudanças no gosto do público” (MIRA, 2003,