Telejornal
A TV é menos uma orientação fechada e mais um ambiente, é menos um veículo para ideários e mais uma ideologia em si mesma. Ela é a assembléia permanente do Brasil – que lança faíscas sobre os guetos escuros e que por eles é às vezes assaltada (BUCCI, 1996). Assim, a sociedade forma seus conceitos a partir do que é transmitido. A televisão contribui diretamente, portanto, para retratar e modificar as representações do mundo. Para WOLTON (1996, p.69)
A televisão contribuiu diretamente, portanto, para retratar e modificar as representações do mundo. Todavia, não é fácil determinar em que sentido ela o faz, a menos que se estabeleça unilateralmente o uso que os espectadores fazem das imagens recebidas! Uma coisa é certa: o choque que se produz entre a imagem e os quadros de recepção e de interpretação dos públicos impede uma leitura simples e unívoca. Assim, defasagem entre a própria estrutura da imagem e as estruturas de percepção e interpretação do público é permanente.
A televisão só pode desempenhar esse papel quando se trata de uma televisão de grande público, ou seja, uma televisão de massa, caso contrário desempenhará uma papel mais limitado (WOLTON, 1996). Ainda segundo WOLTON (1996, p.54).
Ao comentar aquilo a que assistiram, os espectadores emitem juízos sobre a televisão. Na verdade, é assim que eles dela se apropriam e que ela se torna um objeto democrático, no sentido em que é, permanentemente, objeto de debates. Aqueles que acreditam,