Tecnologia no esporte - a busca pela melhoria da performance
Empresas e profissionais dedicam-se ao desenvolvimento de inovações que consigam interferir positivamente no desempenho dos atletas
Marcelo Iglesias
Em 1936, durante os Jogos Olímpicos de Berlim, o norte-americano Jesse Owens utilizou o primeiro par de sapatilhas Adidas e ganhou quatro medalhas de ouro. Desde então, o consumo de materiais esportivos só aumentou, e as indústrias passaram a procurar a perfeição tecnológica, a fim de garantirem maior conforto e performance aos atletas.
À medida que as modalidades se popularizaram passaram a contar com grandes estruturas, e, inevitavelmente, foram influenciadas pela tecnologia em todos os aspectos. Desde a medição para garantir o cumprimento das regras, passando pela melhor preparação física, até equipamentos de melhor precisão como bolas, sensores, tênis, vestimentas, etc.
No entanto, até a metade da década de 1970, a preocupação com o tênis ou a camisa que se iria usar não era tão clara como o que vê tem atualmente. O mais importante era a superação física e técnica para vencer o desafio. No máximo, havia uma lógica preocupação com o conforto dos trajes para que, no mínimo, não atrapalhasse.
Desde então, as primeiras evoluções deixavam claro a intenção de oferecer aos atletas acessórios que não os incomodassem e os deixassem mais capazes. Principalmente, evitando lesões e aposentadorias precoces.
O esporte evoluiu com o tempo, no avanço natural da tecnologia. Não seria possível promover competições do porte das olimpíadas atuais, não fossem as ferramentas disponíveis. Muito menos teria-se tamanha visibilidade. O avanço tecnológico propiciou a paixão mundial pelo esporte. Sem contar a forte influência em questões de saúde e até políticas.
As competições esportivas passaram a servir como vitrine de produtos e marcas. Atletas se tornaram garotos propaganda em tempo integral. Esse é o preço que se paga quando se deseja bons resultados