desenvolvimento tecnologico no esporte
Na Grécia clássica, os esportes olímpicos surgiram como desdobramento da preparação para as guerras. Modalidades como corridas, arremesso de peso, saltos, entre outras, eram praticadas para simularem as condições dos campos de batalha. Nos tempos modernos, o esporte perdeu essa característica para associar-se à melhoria da saúde e do físico, socialização, diversão e, evidentemente, ao jogo e à competição. Na sociedade contemporânea, é este o aspecto mais marcante: as competições, onde centésimos de segundo separam a glória do fracasso no atletismo, nos jogos, nas disputas de tempo, pontuação, força e velocidade.
Essa busca pelo aperfeiçoamento máximo, já presente nas primeiras olimpíadas de Atenas, em 1896, não cessou. Hoje, equipamentos e treinamentos avançam sobre seus limites, usando a tecnologia e a ciência onde o corpo humano já alcançou, aparentemente, o auge de sua performance física. Os atletas olímpicos são preparados para desafiar as restrições provenientes da gravidade, do tempo e da distância. Encontram suporte nas pesquisas aplicadas na área de fisiologia, medicina esportiva e através do avanço tecnológico das técnicas de treinamento e dos equipamentos. A ciência permite "construir" um atleta para ser recordista olímpico, maximizando suas potencialidades físicas por meio do profundo conhecimento da fisiologia do movimento. E quando o homem esportivo chega ao limite, com o corpo humano no máximo de sua capacidade, entra em campo a alta tecnologia dos equipamentos e dos materiais a seu serviço.
Como na corrida espacial, também as olimpíadas servem para avaliar os avanços científicos que acabam por significar um progresso para a sociedade em geral. No intervalo de quatro anos, uma série de novidades tecnológicas na área esportiva sempre aparece. Para a coordenadora do Laboratório de Bioquímica do Exercício (Labex) da Unicamp, Denise Vaz de Macedo, o atual estágio do conhecimento