Tecnologia manufatura
Sinterização pode ser definida como um processo físico, termicamente ativado, que faz com que um conjunto de partículas de determinado material, inicialmente em contato mútuo, adquira resistência mecânica. Sua força motora é o decréscimo da energia superficial livre do conjunto de partículas, conseguido pela diminuição da superfície total do sistema. Em muitas ocasiões (e são estas as ocasiões de interesse deste trabalho), isto traz como conseqüência a eliminação do espaço vazio existente entre as partículas, resultando em um corpo rígido e completa ou parcialmente denso. A sinterização é utilizada para se fabricar peças metálicas, cerâmicas e compósitos metal-cerâmica, sendo parte integrante e principal de técnicas denominadas metalurgia do pó e cerâmica, que se incumbem justamente da fabricação de produtos metálicos e cerâmicos a partir dos pós dos constituintes.
Este trabalho tem como objetivo apresentar a sinterização rápida como um tipo derivado de sinterização, discutir seu provável uso na prática industrial e relacioná-la às novas técnicas de sinterização, levantando a hipótese que é justamente o que é chamado aqui sinterização rápida o responsável maior pelos atraentes resultados obtidos por estas técnicas inovadoras de sinterização.
Dentro do esquema traçado para o trabalho, é necessário diferenciar inicialmente tipo de sinterização e técnica de sinterização. Considera-se aqui tipo de sinterização como a forma com a qual a sinterização procede, ou seja, a cinética de sinterização, que é caracterizada pelos mecanismos operantes responsáveis pelo fechamento da porosidade. Técnica de sinterização pode ser entendida como o método usado na prática para se obter a sinterização de um dado sistema, ou seja, a forma adotada para se conseguir as condições necessárias para a ocorrência de sinterização.
Existem, rigorosamente falando, dois tipos básicos de sinterização: a sinterização por fase sólida e a sinterização por fase líquida. A força