Tecnico
O primeiro processo de dúvida: a dúvida natural. Inicia-se com o argumento do erro dos sentidos e nesse argumento Descartes mostra que os sentidos são enganosos e porque ele experimentou que é assim. Daí Descartes toma como princípio ou lei que tudo aquilo que mostrar o menor motivo de engano será tido como falso. Em seguida, tem-se o argumento dos sonhos e neste caso Descartes mostra que as percepções humanas operam não apenas durante a vigília, mas também nos sonhos, mas por isso mesmo essas percepções não são confiáveis. Isso é o primeiro processo que, ao seu término, Descartes consegue mostrar que as nossas percepções não podem servir como tendo prioridade no processo de conhecimento.
O segundo processo de dúvida: a dúvida metafísica. Aqui Descarte invoca a figura de um deus enganador, que seria responsável pelo erro do meditador, exatamente quando este estivesse fazendo alguma operação ou fazendo ciência. Ora, Descartes se depara com a questão da bondade divina e por isso essa figura não se mostra capaz de cumprir a função de fazer com o homem erre sempre. Daí ele ter que lançar de uma segunda figura, a saber, o Gênio Maligno. Neste caso, o Gênio maligno não possui nenhum atributo escrupuloso e por isso ele pode agora cumprir o que é essencial para a empresa cartesiana nada pode ser feito em termos de conhecimento,