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Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia (FM) era uma doença psicossomática, isto é, que a dor muscular generalizada seria apenas uma maneira de um grande estresse mental se manifestar.
Vários autores defendiam que o paciente com fibromialgia apresentava uma depressão “mascarada” - sem manifestações clínicas típicas.
Com a evolução do conhecimento científico cresceu a evidência de que a dor da fibromialgia é real, e não apenas uma manifestação de uma depressão “mascarada”. Mesmo assim, muitos médicos e pacientes ainda pensam desta maneira.
Um fato que ajudou a aumentar a confusão foi o uso comum de antidepressivos para pacientes com fibromialgia, levando à melhora de alguns dos sintomas da síndrome.
Por outro lado, sintomas depressivos são comuns na fibromialgia e, muitas vezes, pioram muito a qualidade de vida do paciente. Na verdade, estudos mostraram que 50 a 60% dos pacientes com fibromialgia apresentam, apresentavam ou apresentarão depressão.
Estes estudos apontam para dois fatos: a depressão é comum na fibromialgia, mas nem todos os pacientes com fibromialgia apresentam depressão.
Afinal, quem veio primeiro? A depressão ou a fibromialgia? Qual é o papel dos antidepressivos no tratamento da fibromialgia? Estes remédios são seguros? Vamos esclarecer estes pontos.
Toda a dor, além da sensação de que algo desagradável está acontecendo no corpo, traz uma resposta emocional na pessoa (desprazer).
Numa síndrome de dor crônica como a fibromialgia esta resposta emocional tende a ser maior, mais persistente e mais difícil de tratar. Como num círculo vicioso, o estresse emocional aumenta a sensibilidade à dor, que aumenta a dor muscular, que aumenta a depressão, e assim por diante.
De qualquer maneira, as evidências apontam para a dor como fator inicial e não para a depressão.
Porque antidepressivos são tão usados na fibromialgia? Uma das medicações mais usadas é a