TAYLOR
Antônio David Cattani
1. Sistema de organização do trabalho, especialmente industrial, baseado na separação das funções de concepção e planejamento das funções de execução, na fragmentação e na especialização das tarefas, no controle de tempos e movimentos e na remuneração por desempenho.
2. O Taylorismo é uma estratégia patronal de gestão/organização do processo de trabalho e, juntamente com o fordismo, integra a Organização Científica do Trabalho. Conjugado à utilização in tensiva da maquinaria, sua ênfase é no controle e na disciplina fabris, com vistas à eliminação da autonomia dos produtores diretos e do tempo ocioso como forma de se assegurarem aumentos na produtividade do trabalho.
3. Os princípios de racionalização produtivista do trabalho foram sistematizados e desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano F. W. Taylor (1856-1915), empregado da Bethlehem Steelwork e, depois, consultor de empresas. Desde o seu início, a organização capitalista da produção esbarrou na autonomia dos produtores diretos e na sua capacidade de definir a seqüência das tarefas e os ritmos de trabalho. Deste confronto, resultava uma multiplicidade de formas de se produzir. Ao longo do século 19, intensificaram-se as tentativas de se reduzirem o domínio operário e aquilo que os empresários denominavam a "anarquia da produção". Taylor analisou essas experiências, completando-as com sistemáticos estudos sobre os tempos e movimentos, utilizando, pela primeira vez, detalhadas planilhas e o cronômetro (Coriat, 1979). Os resultados foram publicados em 1903 (Shop management) e em 1911 {Principles of scientific ma-nagement) alcançando em poucos anos, ampla repercussão internacional.
Os princípios básicos do Taylo-rismo são: a) separação programada da concepção/planejamento das tarefas de execução. O administrador expropria o máximo do saber operário, reordenando-o a fim de atender às necessidades de acumulação do capital. As iniciativas e o trabalho cerebral