Taxas de Juros
Sorocaba
2014
INTRODUÇÃO
As taxas de juros representam uma ferramenta de suma relevância na política macroeconômica, especialmente no Brasil, que a utiliza - e isso é alvo de bastantes críticas por parte de cientistas econômicos -, segundo Omar (2008), para estabilizar os preços, através do controle da demanda agregada, pela necessidade de financiamento pelo setor externo e para evitar ataques contra a moeda nacional, em que as duas últimas representam uma permutação das políticas monetárias com a taxa de câmbio. Para explicar isso, e através do pensamento keynesiano, denota-se por taxas de juros o preço a se pagar pelo dinheiro e seu uso (OMAR, 2008). Isso fornece o entendimento de dois tipos de investimento: o investimento externo de caráter especulativo, ou seja, aquele que injeta capital com o intuito de maiores rendimentos, e o investimento interno, que depende da tomada de dinheiro para efetivação do investimento em nível nacional. Ora, um aumento nas taxas de juros implica na valorização do uso do dinheiro. Logo, o investimento especulativo externo se beneficia da alta das taxas de juros para obter um maior rendimento, enquanto que o investimento interno se beneficia de baixas taxas de juros, pois o capital tomado por empréstimos para a efetivação do investimento não será tão representativo como o que ocorreria a altas taxas.
A taxa de juros faz parte do mercado de moeda. Tão logo, as políticas de aumento ou redução nas taxas de juros são políticas monetárias. O aumento nas taxas de juros aumenta o investimento especulativo externo, que por sua vez aumenta a entrada e a oferta de capital estrangeiro e causa a valorização cambial (ou seja, é necessário um volume menor da nossa moeda para se trocar por outra moeda quando a moeda encontra-se valorizada). Isso é coerente ao que Omar (2008) chama de necessidade