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A tatuagem e a sua concepção antropológica

A tatuagem e o seu conceito antropológico têm adquirido ao longo das décadas diferentes ideologias. Por esta razão decidimos abordar neste primeiro post a história da tattoo e compreender o porquê de ser algo extremamente apreciado por uns e horrorizado por outros.
A origem da tatuagem e o seu conceito levam-nos a recuar cerca de 3500 anos atrás em que os povos primitivos se tatuavam como forma de simbolizar importantes factos que ocorriam no quotidiano. Esses factos podiam ser de ordem biológica, como o nascimento, a morte e a reprodução; de ordem social, como a ascensão de um rei, a identificação de prisioneiros, o apelo a uma divindade ou como uma simples forma de os humanos se puderem distinguir dos restantes animais.
Posteriormente, era primordial cristã, a tatuagem passou a ser utilizada como um símbolo que permitia aos cristãos reconhecerem-se. Os desenhos utilizados eram, sobretudo, letras gregas, cruzes, peixes…
Já, na Época Moderna, a tattoo passou a ser encarada como um acto de marginalidade, pois, nesta fase, os tatuados estavam associados a gangues, a ceitas religiosas, a rituais espirituais, satânicos e a determinados grupos étnicos como góticos ou punks. Assim, podemos afirmar que foi nesta altura que as sociedades começaram a ganhar medo e repugnância à arte de tatuar.
Nos dias de hoje, a tatuagem é vista como uma arte decorativa do corpo.
Esta nova concepção da tattoo deveu-se, em parte, ao desenvolvimento do mundo musical, cinematográfico e futebolístico, pois, o aparecimento em público de artistas repletos de tatuagens levou a que as pessoas (jovens) sentissem necessidade de os imitar como forma de se afirmarem na sociedade.
Por outro lado, este crescimento verificado no mundo da tatuagem também se justifica por uma mera questão de gosto e vaidade, isto é muitas pessoas fazem tatuagens nos seus corpos como forma de os realçar, embelezar ou como uma simples e bonita forma de homenagear os