Tatuagem
Tinta high tech
A tatuagem evoluiu para além dos métodos crus da Marinha Britânica — mas não muito. Em 1891, o tatuador novaiorquino Samuel O’Reilly patenteou a moderna agulha eletromagnética de duas bobinas, pegando emprestado o projeto da caneta elétrica de Thomas Edison. O conceito básico por trás do dispositivo ainda é o mesmo que equipa as máquinas de tatuagem até hoje. O que mudou drasticamente, entretanto, foi a tinta que as abastece.
Tradicionalmente, a tinta das tatuagens era feita de qualquer coisa , de fuligem a sais metálicos. À medida que as preocupações com a saúde cercearam o uso de substâncias potencialmente tóxicas, pigmentos orgânicos feitos à base de vegetais passaram a ser utilizados. Isto não quer dizer que os químicos estão fora de cena. É possível, por exemplo, usar tinta ferromagnética em tatuagens, uma pigmentação que responde a campos eletromagnéticos. Há alguns anos, a Nokia patenteou uma tecnologia que permite que a tinta de uma tatuagem interaja com um dispositivo através de magnetismo. Com esta tecnologia, seu telefone poderia tocar e você poderia, literalmente, sentir a chamada na pele.
Então, houve mais inovações visuais. A cena rave dos anos 90 ajudou a espalhar a tendência de usar tintas ultravioleta e brilhantes no escuro, por exemplo. Frequentemente invisíveis à luz do dia, os desenhos feitos com estas tintas aparecem sob a luz negra das casas noturnas. Pense nelas como as tatuagens do