Tatuagem
"Um dos objetivos seria permitir ao indivíduo registrar sua própria história, carregando-a na pele em seus constantes deslocamentos", afirma a artista plástica Célia Maria Antonacci Ramos, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), autora do livro Teorias da Tatuagem. A prática se difundiu por todos os continentes, com diferentes finalidades: rituais religiosos, identificação de grupos sociais, marcação de prisioneiros e escravos (como a tatuagem era usada pelo Império Romano), ornamentação e até mesmo camuflagem. No Ocidente, a técnica caiu em desuso com o cristianismo, que a proibiu - afinal, está escrito no Levítico, livro do Antigo Testamento: "Não façais incisões no corpo por causa de um defunto e não façais tatuagem". A tradição só foi redescoberta em 1769, quando o navegador inglês James Cook realizou sua expedição à Polinésia e registrou o costume em seu diário de bordo: "Homens e mulheres pintam seus corpos. Na língua deles, chamam isso de tatau.
Injetam pigmento preto sob a pele de tal modo que o traço se torna