Contextualização do cortiço
Temos como exemplo a greve dos empregados de uma construção civil pernambucana, na qual a única coisa que pediram foi o vale refeição. "Já pedimos pelo vale-refeição tem cinco anos e até agora nada. Algumas empresas até pagam, mas são a minoria. Dessas nossas reivindicações, eles só ofereceram proposta sobre o reajuste salarial, oferecendo 6,5%", informou o vice-presidente do sindicato, Reginaldo Ribeiro.
Seguindo o fato citado acima, podemos nos recordar da situação em que vivia Bertoleza, que era constantemente explorada por João Romão e não recebia nenhum benefício minimamente justo por isso.
Na vida que ela levava anteriormente como escrava, podemos ligar com o trabalhador em seu cotidiano, que aceita a falta de recompensa por seu trabalho árduo, e continua exercendo sua função por falta de opção, até que surge uma saída: uma carta de alforria forjada por alguém que te supostamente te daria a liberdade, que no caso seria a melhora de vida que os trabalhadores procuram quando lutam por seus direitos em uma greve. Durante o período que dura essa greve, a ilusão de uma liberdade (no caso, os direitos reclamados) se fixa na mente desses trabalhadores de forma que chega a parecer real, até que chega ao fim, e nada muda: a luta por melhorias foi em vão.
Então