Talidomida
GABRIEL HENRIQUE DOS SANTOS CORDEIRO
TALIDOMIDA
MACAPÁ/AP
2013
INTRODUÇÃO A talidomida (C13H10N2O4) é uma substância usualmente utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico. Devido a seus efeitos teratogênicos, tal substância deve ser evitada durante a gravidez e em mulheres que podem engravidar, pois causa má-formação ou ausência de membros no feto.
A talidomida foi lançada, em 1956, como antigripal. Logo, se tornou um dos mais populares medicamentos, na Europa, principalmente, na Alemanha, seu país de origem. Os alemães diziam tratar-se de um produto “inteiramente atóxico e completamente seguro”. E era vendido sem prescrição médica.
Associada a outras substâncias,as indicações da talidomida estenderam-se à tosse, asma, dor de cabeça e enjôos para mulheres grávidas. Foi usada, livremente, em 46 países. Para o laboratório Grunenthal, que a sintetizou, a talidomida era um medicamento para tratar alergias. Acabou sendo eficaz, também, na indução do sono profundo e duradouro. Só a partir de 1959, médicos desconfiaram que o uso da talidomida estava associado ao nascimento de milhares de bebês com malformações, principalmente, nos membros ou extremidades. Grande número de crianças eram natimortas ou morreram, logo depois do nascimento.
Alvo de polêmicas, em várias partes do mundo, a talidomida, enfim, teve seu efeito teratogênico confirmado, na década de 60. A descoberta foi um marco na história dos medicamentos, pois, até então, esse efeito era pouco testado.
O nascimento de milhares de bebês com má-formação nos braços e pernas, filhos de mulheres que usaram a talidomida, é um fenômeno conhecido como focomelia. Essa congênitação ocorre devido ao fármaco ligar-se à enzima cereblon, que é de extrema importância para o desenvolvimento dos membros nos primeiros meses de gestação.