A Crise do Objeto
Usamos as palavras para nos expressarmos, mas não pensamos nas palavras em si, mas sim na(s) imagem(s) que as representam. A imagem é formada quando o expectador encontra/olha o objeto. A imagem do objeto não é um objeto, é apenas um meio, um médium. Criamos com base no real, a imagem do real e transformamos, criamos o real. A realidade está ligada ao subconsciente e não ao consciente. O corpo é o objeto do Surrealismo e, para criar uma crítica ao humanismo, modifica-se o corpo.
Breton escreveu sobre "A crise do objeto". Ele compreendeu que o objeto estava num estado de crise desde por volta de 1830 quando estudos científicos e de artes e experimentos artísticos começaram a se desenvolver. Esses objetos deveriam ser vistos como algo material mas, também, como arte de manipular objetos para motivos estéticos. O objeto surrealista estava relacionado com o conceito de Freud de fetiche. Um objeto ordinário se torna fetiche quando nós projetamos os nossos desejos nele, ao olha-lo cada vez mais até o ponto de não podermos mais ficar sem olha-lo.
Quando um crítico nega a característica artística de uma obra, segundo seus critérios de julgamento, a obra não atinge um nível suficientemente elevado para ser considerada obra de arte. A diferença entre um objeto de arte e um objeto do mundo saiu da esfera do estético e da arte em geral, para se tornar um problema filosófico.
Através do espaço, do vazio e do tempo, compreendemos a arte contemporânea e, em especial, a instalação. Tanto esta, quanto as performances e os happenings passaram a fazer parte do circuito de artes em definitivo na década de 60. Houve, então, o rompimento com o espaço da galeria.
As obras de Christo e Jeanne Claude, por exemplo, são feitas para durarem um período determinado, decompondo-se aos poucos. A crise, para os novos realista, dentre eles Christo e Jeanne Claude, ocorreu com o esgotamento da pintura abstrata que acabou perdendo o seu poder emancipatório e se