Tabaco e meio ambiente
O tabagismo é um grande e grave problema de saúde pública, pois não se limita aos danos causados à saúde do fumante e do fumante passivo. Engloba, também, os danos à saúde do plantador de folha de fumo (fumicultor) e dos seus familiares, visto que a mão-de-obra envolvida na cultura do fumo é predominantemente familiar.
Engloba tambem os danos ao ecossistema que são incalculáveis, com prejuízos causados ao solo, com a contaminação de alimentos, da fauna e dos rios.
Danos do tabaco ao meio ambiente
Desmatamento :
A maior parte das regiões produtoras de fumo no Brasil localiza-se em regiões de topografia acidentada, impossibilitando a mecanização do trabalho, tornando-o extenuante para o fumicultor.
Inúmeras matas são derrubadas em maio, com o objetivo de limpar a terra para o início da semeadura do fumo. O desmatamento continua entre os meses de dezembro e fevereiro, época da colheita da folha do fumo, que necessita de secagem para sua preservação, armazenagem, transporte e processamento corretos.
As folhas de fumo são secas ou curadas em fornos que utilizam a lenha, intensificando o desmatamento.
A madeira das árvores desmatadas também é utilizada na maioria dos países em desenvolvimento, na infra-estrutura da construção dos fornos que geralmente têm que ser reconstruídos em dois ou três anos, gerando outros desmatamentos.
Mais árvores são derrubadas para a prática da cura da folha do tabaco, responsável por dar características de sabor, aroma e cor ao tabaco.
Estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004 revelou que, a cada ano, cerca de 200 mil hectares de matas e florestas são destruídos no mundo para dar lugar a plantações de tabaco.
Estima-se que para a produção de 300 cigarros faz-se necessário a derrubada de 1 árvore, ou em outras palavras, a cada 20 cigarros consumidos por dia, 1 árvore é derrubada a cada 15 dias.
O desmatamento continua, pois para a fabricação do papel utilizado na manufatura