powerpoint and luciola is bom m 1855, a cidade do Rio de Janeiro parecia o lugar mais promissor para todo recém-formado em direito, que ambicionasse uma carreira de sucesso na capital do império brasileiro. O Rio era a porta de entrada para toda espécie de modismos importados de Paris e de outros centros europeus, desde roupas, acessórios, até mesmo manuais de etiqueta e expressões de linguagem adaptadas à realidade dos trópicos. Naquele universo habitado por grandes damas, políticos, escravos, altos dignitários da Corte, entre outros grupos sociais, um jovem provinciano, ingênuo, poderia facilmente se entregar aos hábitos de vida elegante, aos grandes bailes e dilapidar suas poucas economias nos braços de alguma bela cortesã. Mas seria possível que dentro de uma sociedade bastante conservadora, o relacionamento de um homem com uma prostituta pudesse dar lugar a um consórcio de almas e finalmente ao matrimônio? Tal hipótese, que hoje pode parecer aos nossos olhos como uma coisa aceitável, não o era para nossos antepassados de 150 anos atrás. Quem nos esclarece é José de Alencar, num de seus romances de maior sucesso: Lucíola (1862). Continuar lendo → m 1855, a cidade do Rio de Janeiro parecia o lugar mais promissor para todo recém-formado em direito, que ambicionasse uma carreira de sucesso na capital do império brasileiro. O Rio era a porta de entrada para toda espécie de modismos importados de Paris e de outros centros europeus, desde roupas, acessórios, até mesmo manuais de etiqueta e expressões de linguagem adaptadas à realidade dos trópicos. Naquele universo habitado por grandes damas, políticos, escravos, altos dignitários da Corte, entre outros grupos sociais, um jovem provinciano, ingênuo, poderia facilmente se entregar aos hábitos de vida elegante, aos grandes bailes e dilapidar suas poucas economias nos braços de alguma bela cortesã. Mas seria possível que dentro de uma sociedade bastante conservadora, o relacionamento de um homem com uma prostituta