Sócrates e a grécia antiga
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Sócrates levou a melhor parte quando pensamos na produção do pensamento filosófico. Mesmo sem escrever uma única obra, sua contribuição para o entendimento do homem – como ser cognoscível – e seu relacionamento com a vida política, suas preocupações e a construção de sua moralidade, representam para a posteridade a evolução do pensamento político e da Filosofia. A política na Grécia Antiga era inseparável das reflexões filosóficas. Compreendemos melhor a construção e a evolução da maneira do homem compreender e questionar o mundo ao analisar as relações históricas que os gregos “legítimos” construíam na Polis, nas diversas discussões na Ágora. Sócrates foi, sem rival, o catalisador da mudança que colocou o homem no centro da investigação filosófica. “Conhece-te a ti mesmo”, dissera o Oráculo de Delfos, e Sócrates apropriou-se dessa máxima, multiplicando-a numa série de ideias. Nascido em Atenas entre 470 e 469 a.C. – filho de um escultor, Sofronisco, e de uma parteira, Fenareta –, Sócrates viveu o início da fase áurea da democracia ateniense. Teria seguido, durante algum tempo, a profissão paterna e é provável que tenha recebido a educação dos jovens atenienses de seu tempo, aprendendo música, ginástica e gramática. Além disso, beneficiou-se da própria atmosfera cultural da época. Atenas era, no seu tempo, um ponto de convergência cultural e um laboratório de experiências políticas, onde se firmara, pela primeira vez na história dos povos, a tentativa de um governo democrático, exercido diretamente por todos os que usufruíam do direito de cidadania. Sócrates acreditava que a alma humana é a sede de sua faculdade racional, o fator essencial que distingue o homem dos animais. Mas a alma possui também um elemento irracional e, para o homem, o grande problema é tornar-se verdadeiramente humano, isto é, permitir que o elemento racional domine e controle o outro, pois nada disso tem sentido com o isolamento. A