Síntese: Entre o viver e o morrer - Psicologia Hospitalar
Curso de Psicologia
Vividação e Situação-Limite: A Experiência Cotidiana entre o Viver e o Morrer no Cotidiano do Hospital
SÃO PAULO
2011
Introdução
O principal objetivo da psicologia hospitalar é minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização, torna-se fundamental a prática durante a graduação, isto é, do estágio no campo da psicologia da saúde (hospitalar), como forma de vivenciar a complexidade deste tipo de atendimento. Conforme o texto de Souza e Morato – Vividação e Situação Limite: “Assim, na doença, no limite entre a vida e a morte, revela-se a nossa condição de finitude, que é para todos, que desaloja e nos (re)tira, enquanto profissionais de saúde, do lugar do suposto saber. Por tudo isso, e olhando em outra dimensão, o hospital é um lugar onde se exerce o cuidado, a possibilidade de acolher e favorecer nessas pessoas a potencialização de seus recursos para lutar e, quem sabe, se recuperar.” O atendimento psicológico no hospital não se restringe às questões da hospitalização em si, amplia-se para questões acerca das conseqüências emocionais decorrentes da hospitalização e da própria doença. No entanto, é necessário que o psicólogo compreenda que sua atuação no contexto hospitalar não se caracteriza como uma psicoterapia clínica. Em geral, o contexto do atendimento baseia-se na situação que se apresenta sob o enfoque da hospitalização e do adoecimento. Desta forma, levando-se em conta o perfil, digamos, não voluntário da presença do paciente no hospital, é imprescindível que a atuação do psicólogo não seja abusivamente invasiva, de forma a contribuir negativamente no processo de hospitalização. Este ponto é importante se observarmos que, ao contrário do paciente do consultório que mantém seu direito de opção em aceitar ou não o tratamento e desobedecer a prescrição, o doente hospitalizado perde tudo. Ele deixa de ser sujeito