Psicologia hospitalar
Fernanda Silva Santana[2]
Vânia dos Santos Moreira2
Jair Magalhães da Silva[3]
RESUMO: A incidência do conjunto de mais de 100 doenças, que na atualidade é denominado de Câncer, está aumentando na população de um modo geral. É grande o impacto causado por esta doença na dinâmica do sujeito, afetando sua parte física, psíquica, social, profissional e familiar. São momentos de muitas dificuldades pelas quais o paciente passa desde o diagnóstico da doença e seu tratamento, até uma possível cura ou sua própria morte. Este estudo teve como objetivo compreender a percepção que o paciente oncológico tem da sua identidade ao longo do tratamento fora de domicílio na visão fenomenológica existencial; descrever a percepção do paciente oncológico em relação ao outro e o significado de adoecer com câncer. Trata-se de um estudo qualitativo - modalidade fenomenológica, com uma amostra constituída de 06 pacientes. Os dados foram coletados por intermédio da técnica de entrevista semi-estruturada gravada com auxílio de mp3, entre os meses de outubro e novembro de 2010, na cidade de Jequié/BA. Para a sistematização e análise dos dados, foi utilizada a técnica da Análise de Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Compreende-se, aqui, que o vivenciar uma situação de doença grave como o câncer repercute significativamente na vida do Ser; o processo de adoecimento somado ao tratamento oncológico fora de domicílio, desencadeia no paciente acometido por câncer, uma série de fenômenos, colocando-o num momento existencial único e singular. Portanto, neste emaranhado de emoções, sentimentos, medos, fantasias e vivências, percebe-se como a identidade da pessoa com câncer é afetada pela realidade durante o tratamento fora de domicílio.
Palavras-chave: Paciente Oncológico; Tratamento Fora de Domicílio; Fenomenologia.
ABSTRACT: The focus of the group of more than 100 diseases, which today is