fisiologia
A Fisiologia em Educação Física e Esporte
Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ*
Valmor TRICOLI*
*Escola de Educação Física e Esporte,
Universidade de São
Paulo.
Resumo
UNITERMOS: Fisiologia do exercício; Fisiologia do esforço; Pesquisa; Profissão; Adaptação.
Introdução
O termo fisiologia vem do grego “physis” = natureza, função ou funcionamento e “logos” = palavra ou estudo. Assim, a Fisiologia caracteriza-se como o ramo da Biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres vivos. Ela se utiliza dos conceitos da física e da química para explicar como ocorrem as funções vitais dos diferentes organismos e suas adaptações frente aos estímulos do meio ambiente.
Nesse contexto, a Fisiologia do Exercício (também chamada de Fisiologia do Esforço ou da Atividade
Física) é uma área do conhecimento derivada da disciplina-mãe Fisiologia, que estuda como as funções orgânicas respondem e se adaptam ao estresse imposto pelo exercício físico (JOYER & SALTIN, 2008; WILMORE
& COSTILL, 2010). Em outras palavras, a Fisiologia do Exercício estuda os efeitos agudos e crônicos do exercício físico sobre a estrutura e a função dos diversos sistemas orgânicos. Em complemento, a Fisiologia do Exercício investiga também a interação entre os diferentes efeitos do exercício físico e a influência dos estressores ambientais (PATE & DURSTINE, 2004).
Entende-se por efeitos agudos, chamados de
“respostas”, as alterações decorrentes da execução de uma sessão de exercício. Essas respostas são subdivididas em respostas observadas durante o exercício (também chamadas de per exercício) e respostas observadas após o exercício (também chamadas de subagudas ou pós-exercício). As últimas podem ainda ser divididas em respostas imediatas,
que ocorrem nas primeiras uma ou duas horas após o exercício, e tardias, que são observadas ao longo de
24 horas pós-exercício. Quanto aos efeitos crônicos,