estudante
TUBARÃO, MARÇO DE 2011
INTRODUÇÃO
A cultura brasileira é sintetizada por diversas etnias, formada por diferentes vertentes culturais, que formam juntas a cultura no Brasil. Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos influenciaram a cultura nacional, deixando suas marcas na música, culinária, folclore, artesanato, festas populares, arquitetura, artes visuais, dentre muitas outras. Durante o período de dominação holandesa no Brasil, além de ocuparem as terras e explorá-las economicamente, organizaram toda a vida social, política, religiosa e cultural, deixando marcas que vão além da pintura, interferindo na arquitetura de cidades brasileiras, como o Recife. No campo das artes visuais, o Brasil tem uma grande herança, sendo que através do barroco se desenvolveu uma riquíssima tradição de decoração de igrejas, demonstradas através de pinturas e esculturas, tendo como um de seus principais expoentes, Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Essas influências serão melhor demonstrados no decorrer do trabalho, tendo destaque a contribuição holandesa e a arte barroca.
Contribuição holandesa para a arte brasileira
A ocupação holandesa no Brasil foi de apenas 24 anos, considerada de curta duração. Apesar disso, teve o seu legado bastante significativo à nossa memória social, onde está representado em vários documentos, medalhas e moedas, tendo influenciado muito também na arquitetura e artes plásticas. Há uma série de mitos enraizados no imaginário brasileiro, gerados pela presença holandesa. Estes são fontes de interesse para melhor entender a construção da identidade brasileira. João Maurício de Nassau-Siegen foi um nobre alemão a serviço da Holanda, que governou o Brasil Holandês entre 1637 e 1644. Durante o seu governo, foi planejado e dirigido o desenvolvimento urbano de Recife,