Síntese do primeiro capitulo do livro de boaventura de sousa santos
No prefácio desse livro, Boaventura afirma que os paradigmas sócio-culturais não são imortais, mas após nascerem e desenvolverem-se, morrem. Porém a sua morte não representa o fim de tudo, mas dentro dela nasce outro paradigma, que sucederá o anterior. Não há ressurreições nem reencarnações. O autor afirma que a transição paradigmática não é algo que se percebe concomitantemente com a sua ocorrência, mas só com o passar dos anos da morte de um paradigma sócio cultural que é possível assegurar a sua morte e a data aproximada.
O livro apresenta como tema central a transição paradigmática, estando entre a morte e a utopia. Como argumento central afirma que é provável que a sociedade esteja a assistir ao culminar do processo histórico de degradação da tensão entre regulação e emancipação. Devido a este colapso o paradigma da modernidade (paradigma dominante) entra em crise final e deixa de renovar-se.
O tempo em que vivemos é de transição paradigmática e dentre suas várias dimensões o autor distingue as principais: a epistemológica e a societal. A primeira ocorre entre o paradigma dominante da ciência moderna e o paradigma emergente (paradigma de um conhecimento prudente para uma vida decente); e a segunda ocorre do paradigma dominante para um paradigma ou conjunto de paradigmas. Levando isto em consideração, a argumentação de Boaventura neste livro tem por cerne três grandes campos analíticos: a ciência, o direito e o poder. Apresenta a modernidade como modernidade ocidental, pois não é um paradigma sócio-cultural global ou universal, mas que sendo local, se globalizou.
Na concepção que o autor apresenta, a ciência e o direito são objetos centrais na crítica que formula, pois estão no cerne da configuração e da trajetória do paradigma da modernidade ocidental.
Na introdução geral que tem por título: “por que é