Síndrome hipertensiva da gravidez
É importante detectar precocemente os estados hipertensivos que se constituam em risco materno e perinatal.
Toda a gestante com quadro hipertensivo deve ser encaminhada para realização do pré-natal de alto risco no
serviço de referência.
1.4.1.1 Hipertensão Gestacional
A hipertensão aparece em conseqüência da própria gravidez, geralmente após a 20ª semana de gestação;
O diagnóstico se faz através dos seguintes dados:
• Presença de PA diastólica ≥ 90 mm Hg;
• Aumento da PA diastólica acima de 15 mm Hg do valor previamente conhecido;
• Ausência de proteinúria.
A normalização dos níveis pressóricos acontece no puerpério remoto após 6 semanas.
Pode evoluir para:
• Pré-eclâmpsia quando a hipertensão associa-se a proteinúria;
• Hipertensão arterial latente ou transitória, principalmente em multíparas.
1.4.1.2 Hipertensão Arterial Crônica
Medicações recomendadas:
• Metildopa: 750 mg a 2 g/dia, em 3 tomadas diárias;
• Nifedipina: início com 10 mg/dia e o máximo de 40 mg/dia, de 6/6 horas ou Retard 20 mg de 12/12 horas;
• Pindolol: início com 5 mg/dia e o máximo de 30 mg/dia, de 8/8 horas;
• Pode haver associação, respeitando as doses terapêuticas;
• Os inibidores ECA são contra-indicados;
Repouso relativo;
Dieta hipossódica e hiperproteica nos casos graves;
Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente água.
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1.4.1.3 Doença Hipertensiva Específica da Gravidez
Pré-eclâmpsia
De acordo com o grau de comprometimento, a Pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave:
Pré-eclâmpsia Leve
Critérios para diagnóstico:
• Aumento de 30 mm Hg na PA Sistólica;