síndrome de menkes
A doença de Menkes (MD) é uma doença multissistémica geralmente grave do metabolismo do cobre, caracterizada por neurodegeneração progressiva e anomalias acentuadas do tecido conjuntivo, bem como cabelo tipicamente anormal, esparso com textura em palha-de-aço.
A prevalência é desconhecida. A incidência anual é 1/300000 na Europa e 1/360000 no Japão. Na Austrália, a incidência anual é muito mais elevada (1/50000-100000), o que pode ser devido a um efeito fundador.
A MD é uma doença ligada ao cromossoma X que afecta principalmente os homens enquanto que as mulheres são geralmente portadoras não afectadas. A apresentação ocorre no período neonatal. A maioria dos doentes nasce a termo com medidas adequadas. Cefalohematomas e fracturas espontâneas são por vezes observadas à nascença. No período neonatal precoce, os doentes podem apresentar icterícia prolongada, hipotermia, hipoglicemia e dificuldades de alimentação. Pectus excavatum e hérnia umbilical e inguinal também foram descritos. O primeiro sinal pode ser cabelo invulgarmente esparso e baço aos 1-2 meses. O cabelo caracteristicamente anormal é hipopigmentado ou despigmentado e assemelha-se com palha-de-aço. É baço e friável, especialmente nas áreas do couro cabeludo sujeitas a fricção. Os sintomas adicionais são má evolução ponderal, dificuldades de alimentação, vómitos e diarreia. Pode ser observada uma aparência estranha, com pele pálida, bossas frontais ou occipitais, micrognatia e bochechas proeminentes. Os doentes desenvolvem disfunção motora gradual e convulsões. O tónus muscular está frequentemente diminuído no início de vida, mas é mais tarde substituído por espasticidade e fraqueza das extremidades. O curso clínico é geralmente grave. Existem formas variáveis e a síndrome do corno ocipital (OHS) é a forma mais ligeira reconhecida .
A MD é causada por mutações no gene ATP7A (Xq21.1) que codifica uma proteína de transporte de cobre, o polipeptídeo ATPase-alfa transportador