Doenças do couro cabeludo e haste capilar
Desde a aurora da história humana, o cabelo tem constituído um meio personalizado de exibição. Na sociedade contemporânea, a aparência de nossos cabelos está muitas vezes ligada à percepção da saúde e sentimento de autoconfiança. De fato, foi sugerido que a perda do cabelo pode ter sido o impulso para o interesse de Hipócrates pelos caminhos da medicina...
Os cabelos provavelmente se desenvolvem como parte de unidade mecanorreceptora nos répteis, que foram os primeiros ancestrais a deixarem o ambiente aquático para o meio externo.
Nos mamíferos os cabelos são um importante fator de sobrevivência, através do fenômeno de camuflagem e isolamento para a termorregulação, além de exercer importantes funções de defesa e desempenho sexual.
Nossos ancestrais pré-sapiens viveram principalmente em regiões tropicais e subtropicais e, quando a população humana na qual eles se desenvolveram deixou a floresta tropical e passou para ambientes mais abertos adotando a vida de caçador, houve uma dependência do suor para a dissipação térmica e para a perda de calor do corpo.
Com o tempo, pressões seletivas agiram em níveis genéticos, determinando perda desta função de isolamento térmico, passando ter apenas uma função decorativa.
Darwin, em 1871, relata que a seleção sexual da mulher a favor de homens cabeludos contra as mulheres cabeludas levou gradualmente a diferenças características entre o masculino e o feminino.
O Pêlo
Os pêlos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos.
Há dois tipos de pêlos: o pêlo fetal ou lanugo, que é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pêlos pouco desenvolvidos do adulto e denominados velus, e o pêlo terminal, que corresponde ao pêlo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar.
Morfologia do Folículo Piloso e Estrutura do Pêlo
Estima-se que haja cinco milhões de