síndrome de Burnout
O trabalho é uma atividade que pode ocupar grande parcela do tempo de cada indivíduo e do seu convívio em sociedade. No contexto da globalização, o trabalho não está necessariamente vinculado ao prazer, ao reconhecimento e crescimento profissional, sendo que este vem sendo percebido como uma fonte de sofrimento e adoecimento do trabalhador, que aparece muitas vezes quando o individuo já não passa a modificar sua atividade no sentido de torná-la mais adequada às suas necessidades fisiológicas e a seus desejos (MATUBANO et al apud KILIMNIK, 1998). A organização do trabalho exerce sobre o homem um impacto no aparelho psíquico que, em certas condições, emergem sofrimentos relacionados a sua história individual, portadora de projetos, de esperanças, de desejos e uma organização de trabalho que o ignora . Dessa maneira, novas enfermidades surgem decorrentes das mudanças introduzidas no mundo do trabalho. Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem fazem parte de uma profissão caracterizada por ter, em sua essência, o cuidado e por grande parte da carga de trabalho ser o contato direto com pacientes e familiares. Do ponto de vista da organização do trabalho, a indefinição do papel profissional; a sobrecarga de trabalho freqüentemente justificada por falta de pessoal e estimulada pelo pagamento de horas-extras; a falta de autonomia e autoridade na tomada de decisões, entre outras, geram um estado de estresse crônico, identificando-se como uma das profissões de maior incidência de Burnout.( MOREIRA et al, 2009) O presente artigo terá como tema a Síndrome de Burnout, cujo objeto será a Síndrome de Burnout e os profissionais de enfermagem. A Síndrome de Burnout refere-se a uma síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho e faz com que as coisas já não tenham mais importância, qualquer esforço lhe parece ser inútil, trata-se de um conceito multidimensional que envolve