síndrome de angelman
Aplicação:
A Síndrome de Angelman (AS) é caracterizada por atraso severo no desenvolvimento ou retardo mental, debilitação severa de comunicação, marcha atáxica, convulsões (que se iniciam com cerca de um ano e meio de idade e costumam ser acompanhadas de febre alta) e um comportamento único que inclui rir e sorrir com frequência e excitabilidade. Fisicamente, os pacientes apresentam boca grande, queixo proeminente, dentes espaçados e língua protusa.
A incidência é de 1 caso em 20.000 individuos.
A síndrome de Angelman é causada por uma deleção ou rompimento da região do gene 15q11-q13 do cromossomo maternal. Como resultado, há perda de expressão de determinada informação genética transmitida pela mãe.
Muitas das caracteristicas da Sindrome de Angelman resultam da perda de função do gene UBE3A. Normalmente, as pessoas herdam uma cópia do gene UBE3A de cada progenitor. Ambas as cópias são ativadas em diversos tecidos do organismo, sendo que, em algumas partes do corpo (como certas áreas do cérebro), somente a cópia proveniente da mãe é ativada. Isso é causado por um fenômeno conhecido como imprinting genômico. Se a cópia materna do gene UBE3A é perdida devido uma alteração cromossomica ou mutação, o individuo não terá cópias ativas do gene em algumas partes do cérebro.
Diversos mecanismos genéticos podem inativar ou deletar a cópia materna do gene UBE3A. A maioria dos casos de Angelman (cerca de 70%) ocorre quando um segmento do cromossomo 15 materno contendo esse gene é deletado. Em outros casos (aproximadamente 11%), a Sindrome de Angelman é causada por uma mutação na cópia materna do gene UBE3A.
Em uma pequena porcentagem dos casos, a Sindrome de Angelman resulta da herança de 2 cópias do cromossomo 15 do pai (cópias paternas) ao invés de uma cópia de cada progenitor (mãe e pai). Esse fenômeno é chamado de dissomina uniparental paterna. Raramente, essa sindrome pode ser causada por uma translocação ou por uma mutação ou outra