Sindrome de angelman
Bower & Jeavons, em 1967, ao descreverem dois casos similares aos relatados por ANGELMAN (1965), enfatizaram o comportamento alegre dos mesmos e sugeriram o termo “happy puppet syndrome”. Esta denominação foi logo aceita e amplamente utilizada devido ao seu significado evocativo, entretanto o termo “Síndrome de Angelman” (SA) foi adotado, posteriormente, por não ter caráter depreciativo. Seguiram-se novos relatos de casos, com um número restrito de pacientes, que sugeriam uma doença rara com natureza esporádica.
WilliamS & Frias (1982) foram os primeiros a postular que a SA estivesse provavelmente subdiagnosticada e subestimada e concluíram que havia poucas evidências para uma herança mendeliana nesta síndrome.
O relato de casos familiais sugeria que na SA, até então considerada como esporádica, havia mecanismos genéticos que precisavam ser revistos em favor de um delineamento mais preciso.
Em 1987, o relato de uma deleção no braço longo do cromossomo 15 (15q11-q13) materno relacionada à SA, em contraposição a deleção 15q11-q13 paterna relacionada à síndrome de Prader-Willi (SPW), permitiu reconhecer que as duas síndromes tratar-se-iam de exemplos de imprinting genômico. Como imprinting, entende-se a “expressão diferencial de alelos herdados paterna ou