Símbolos e cultura
TURNER, Jonathan H. “Símbolos e Cultura” – Makron Books, SP, Capítulo 3.
Seria impossível a vida em sociedade sem os símbolos pelo fato de que o homem não poderia ao menos interagir uns com os outros. Quase tudo que podemos pensar – até o próprio pensamento é um sistema de simbologia. Um sistema bem organizado de símbolos é o da sociedade para a ação, interação e organização dos homens. As estruturas da vida moderna são construídas e mediadas através de símbolos para a comunicação, que são usados, transformados e revisados à medida que novas ocasiões demandam esse tipo de situação de mudança, ou seja, quando nosso padrão de organização e as nossas ações serão moldados. Os símbolos então intermedeiam nossa adaptação ao meio ambiente, nossa interação com os outros, nossa interpretação de vivências e a nossa própria organização em grupos (TURNER, 2000).
Em meio às enormes possibilidades e facilidades na criação de símbolos, é preciso uma organização dos mesmos em sistemas, tais como: sistema de linguagens, que as pessoas usam na comunicação, influenciando e expandindo o conhecimento e as relações sociais e criando novos conceitos de organização social; sistemas de tecnologia, que são as informações sobre como manipular o meio ambiente. É de acordo com o grau de tecnologia e a quantidade de informação e material tecnológico, que podemos avaliar a grandeza e a complexidade de uma sociedade, pois desde o mais simples uso do cérebro humano para pensar até os celulares, internet, música, cultura e os gigantescos prédios são formas de tecnologia. O sistema de valores são as ideias e as noções que avaliam o conceito moral e a ética do comportamento humano, e serve principalmente para evitar os conflitos e as tensões por meio de um consenso geral sobre esses valores que poderiam aparecer no choque de pensamentos entre as pessoas. Conceitos sobre o bom e o mau, certo e errado, adequado e inadequado são exemplos do sistema de valores. Ainda outro tipo de