Século XIV até século XVI
Uma das civilizações mais importantes da história Antiga. Desenvolveu-se na região do Crescente Fértil, mais exatamente no nordeste da África, uma região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo. A parte fértil do Egito é praticamente são oásis muito alongado, proveniente das aluviões depositadas pelo rio. Nas montanhas centrais africanas, onde o Nilo nasce, caem abundantes chuvas nos meses de junho a setembro provocando inundações frequentes nas áreas mais baixas ("Baixo Nilo"). Com a baixa do Nilo o solo libera o humo, fertilizante natural que possibilita o incremento da agricultura. Para controlar as enchentes e aproveitar as áreas fertilizadas, os egípcios tiveram de realizar grandes obras de drenagem e de irrigação, com a construção de açudes e de canais, o que permitiu a obtenção de várias colheitas anuais.
Dada esta característica natural, o historiador grego Heródoto de halicarnasso dizia que "O Egito é uma dádiva do Nilo". Leitura preconceituosa que tende a desprezar o empenho, o denodo e a competência técnica da civilização egípcia que aprendeu a utilizar as cheias e vazantes do rio a seu favor.
Inicialmente, estava dividido num grande número de pequenas comunidades independentes: os nomos que por sua vez eram liderados pelos monarcas. Essas comunidades uniram-se e formaram dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. As fontes arqueológicas mostram o nascimento, por volta do final do período pré-dinástico (3200 a.C.), de uma força política dominante que, reunindo os antigos reinos do sul (vale) e do norte (delta), se tornou o primeiro reino unificado do antigo Egito que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia.
Durante a 1ª e 2ª Dinastias (3100-2755 a.C.), algumas das grandes mastabas (estruturas funerárias que antecederam às pirâmides) foram