Surrealismo
O Surrealismo surgiu por volta de 1924 quando André Breton lançou o Manifesto do Surrealismo e o primeiro número da revista surrealista. Considerado o último movimento das vanguardas europeias, as origens do surrealismo estão ligadas com o expressionismo e, em alguns aspectos, com o futurismo.
Tanto o Surrealismo quanto o Expressionismo almejavam que os homens fossem livre de suas relações psicológica e culturais para exercerem o poder da imaginação sem a imposição dos limites e valores da sociedade utilitarista burguesa. André Breton, no Manifesto do Surrealismo, exalta a liberdade de imaginação como se ela fosse uma valva de escape do existencialismo burguês.
Reduzir a imaginação à escravidão, mesmo que se tratasse do que grosseiramente se chama de bondade, será privar-se de tudo aquilo que se encontra, no âmago de si mesmo, de justiça suprema. A simples imaginação me dá conta do que pode ser, e é o suficiente para suspender, sustar um pouco a terrível interdição; bastante também para que eu abandone ou entregue a ela sem temor de me enganar (como se alguém pudesse se enganar por mais tempo). (TELES, 1985, p.127)
Dessa forma, a estética surrealista valorizava o passado e recorria “à magia, ao ocultismo, à alquimia medieval na tentativa de descobrir o homem primitivo, ainda não maculado pela sociedade” (TELES, 1985, p.122). Os estudiosos do grupo surrealista como Aragon, Soupault, Artaud, Crevel, Desnos, Eluard, Prévert, Vitrac e André Breton foram fortemente influenciados por filósofos como Freud e Marx. Assim, as obras surrealistas são marcadas pela exploração do inconsciente, narrações de sonhos, experiências com os sonhos hipnóticos e pela escritura automática (Freud). Além disso, como influência da teoria Marxista, podemos perceber um discurso a favor da conscientização política e de protesto contra a exploração do homem pelo homem e pelas religiões.
Nas artes plásticas, os principais artistas do Surrealismo são: Salvador Dali,