Surgimento Das Universidades
Durante a Idade Média, a maior parte da população não sabia ler nem escrever – privilégios reservados aos clérigos e comerciantes. O fortalecimento do comércio estimulou o aparecimento das primeiras escolas, criadas e regidas pelas igrejas e mosteiros, pois necessitava da escrita e do cálculo.
Antes das primeiras universidades, existiam os mosteiros, que se dedicavam ao estudo da teologia, filosofia, literatura e eventos naturais sob o ponto de vista da religião, e que por muito tempo, foram os responsáveis pela preservação da cultura e dos conhecimentos da época.
Existiam também os estudiosos “livres-pensadores”, como os alquimistas e filósofos, principalmente os gregos, como Aristóteles (384-322 a.C.), que dava aulas públicas no jardim de sua casa, e que sozinhos ou em grupos dedicavam a vida à tentativa de entender e modificar o mundo a sua volta.
Os filósofos clássicos foram os responsáveis por libertar a sociedade da época do misticismo excessivo, discutir os melhores meios de ordenar o conhecimento e dar forma ao pensamento lógico e à ética, a Igreja, por outro lado, fez com que o conhecimento por muito tempo se relegasse a uma tentativa de explicar o universo (que eles ainda nem imaginavam o que seria) por meio de Deus e corroborar o que havia sido escrito nas Sagradas Escrituras. Com isso, muito dos filósofos foram considerados hereges, e perseguidos pela igreja.
Com o surgimento de universidades na Era Medieval, tornou-se mais fácil a veiculação de informações e ideias, contribuindo assim para o surgimento dos ideais Renascentistas e mais tarde, Iluministas.
AS UNIVERSIDADES
Em meio ao século IX, Carlos Magno (rei dos Francos) já retinha grande domínio em toda a Europa. Para que seu império fosse unificado e fortalecido, ele decidiu fazer uma reforma na educação.
Foi então chamado o Monge Inglês Alcuíno, que desenvolveria um projeto escolar buscando incorporar as Sete Artes Liberais: o trivium, ou ciência da palavra (gramática,