Surdos
Maria de Lurdes CRÓ1
Resumo
A Escola Inclusiva pressupõe um atendimento a uma população cada vez mais diversa e heterogênea, onde todos devem obter uma resposta qualificada para as suas necessidades educativas, através das adaptações curriculares ao Currículo formal. Deste modo, as escolas devem incluir nos seus projetos educativos as adaptações curriculares relativas ao processo de ensino e aprendizagem, necessárias para responder adequadamente às crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE), com vista a optimizar a sua participação nas actividades. Atualmente tornou-se um desafio determinar com exactidão quais os alunos com NEE e, consequentemente, quais os alunos a serem intervencionados pela Educação Especial, nomeadamente alunos com NEE de caráter permanente. Neste contexto, surge a Classificação Internacional de Funcionabilidade, Incapacidade e Saúde (CIF), preconizada pela OMS (2001 e actualizada em 2003), que constitui uma ferramenta pedagógica no processo de elegibilidade, avaliação e intervenção de alunos com NEE. Observa-se uma mudança de paradigma, onde se pretende não só classificar os níveis de funcionalidade do indivíduo, como também os factores ambientais que podem funcionar como barreiras ou facilitadores dessa mesma funcionalidade. Nesta perspectiva a formação de professores,
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Licenciada em Filosofia com variante em Psicologia pela Universidade de Coimbra/PT. Doutora com Agregação em Ciências da Educação pela Universidade de Aveiro/PT. Professora Coordenadora com Agregação da Escola Superior de Educação de Coimbra/PT. E-mail: mlurdescro@gmail.com
é assim considerada como um factor importante para o sucesso. Deste modo a formação contínua deve preconizar e permitir uma mudança de práticas dos professores e educadores, isto é, uma mudança de prática na educação, na intervenção educativa.